Gabinete de Imprensa da ANIMAL
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A ECEAE (Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais), uma coligação líder de grupos de proteção dos animais na Europa, e cuja organização-membro portuguesa é a ANIMAL, lança hoje uma nova campanha que visa acabar com a venda, na Europa, de cosméticos e produtos de higiene pessoal que tenham sido testados em animais. Em Portugal, esta campanha será levada a cabo pela ANIMAL.
A partir de 2013, a UE terá que proibir a venda de todos os novos cosméticos e produtos de higiene pessoal que tenham sido testados em animais, mesmo fora do espaço UE. Contudo, as autoridades responsáveis estão agora tentando estender este prazo, e, isto acontece, mesmo havendo uma forte oposição pública quanto aos testes desses produtos em animais, e mesmo já existindo uma proibição na EU. Se a proibição das vendas for adiada, isso pode significar que, durante mais dez anos, milhares de coelhos, ratos, porquinhos-da-índia, entre outros, serão injetados, gaseados, e mortos com fins cosméticos.
Michelle Thew, Directora Executiva da ECEAE diz: “Nenhum animal deve sofrer para que sejam vendidos novos cosméticos na Europa. Juntos podemos mostrar a oposição pública aos testes em animais e pedirmos ao Parlamento Europeu que vote contra a prorrogação do prazo máximo para a proibição. Por favor assinem a petição da ECEAE e digam não aos cosméticos cruéis na Europa.”
Segundo Rita Silva, Presidente da ANIMAL e representante da ECEAE em Portugal, “depois dos esforços e do trabalho de lobbying que, enquanto coligação, fizemos ao longo dos últimos anos para que a Diretiva de Cosméticos pudesse ser o mais justa possível para com os animais que defendemos, e, depois de, por fim, termos alcançado tão pouco, é ultrajante que esse pouco alcançado esteja agora a ser posto em risco, com esta tentativa da Comissão de prolongar o prazo para a proibição das vendas de cosméticos testados em animais, dentro do espaço da EU”.
Notas
Em fevereiro de 2003, depois de anos de campanhas lideradas pela ECEAE, a UE concordou em proibir os testes em animais para cosméticos, o que resultou na 7ª. Emenda na Directiva de Cosméticos, cujos efeitos se podem divider em duas fases:
A primeira fase foi implementada em 11 de março de 2009, quando a 7.ª Emenda proibiu:
- Testar ingredientes para cosméticos em animais em toda a UE, independentemente de haver uma alternativa validade ou não;
- Vender ou importar quaisquer ingredientes para cosméticos (ou os próprios cosméticos) que tivessem sido testados em animais depois daquela data.
Contudo, há três tipos de testes em animais que são excepcionados desta proibição:
- Toxicidade por Dose Repetida – coelhos ou ratos são forçados a comer, inalar, ou serem esfregados com o ingrediente em questão, todos os dias durante 28 ou 90 dias, e depois são mortos;
- Toxicidade Reprodutiva – coelhas ou ratazanas grávidas são forçadas a comer o ingrediente, e depois são mortas, juntamente com os fetos;
- Toxicocinética – coelhos ou ratos são forçados a comer o ingrediente , são mortos, e depois os seus órgãos são examinados para ver como o ingrediente se distribuiu;
Apesar da forte objeção da ECEAE, a Comissão Europeia defende que o teste “Toxicidade por dose Repetida” também deve incluir os seguintes testes:
· Sensitização Cutânea – o ingrediente cosmético é esfregado na pele previamente rapada de porquinhos-da-Índia, e o mesmo acontece nas orelhas dos ratos, para testar se há reacção alérgica. Os animais são mortos depois;
· Carcinogenicidade – os ratos são alimentados com o ingrediente durante dois anos para ver se desenvolvem cancro, e depois são mortos.
Fonte: ANIMAL
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