“Os Experimentos em Animais ATRASAM o progresso da ciência”.

janeiro 29, 2011

"Todas as empresas nacionais testam cosméticos em animais"

por PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO ANIMAL, HELDER ROBALO
26 Janeiro 2011

A Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais (ECEAE) quer evitar que seja adiada a entrada em vigor da directiva que proíbe a venda de todos os novos cosméticos e produtos de higiene pessoal que tenham sido testados em animais, mesmo fora do espaço UE.


Ainda há muitas empresas a fazer experimentação animal?
Neste momento ainda é mais fácil dizer quais são as empresas que recorrem à experimentação animal do que aquelas que já deixaram de praticar esta crueldade para com os animais. Contudo, se qualquer pessoa escrever para uma L'Oréal a perguntar se eles fazem experimentação animal, eles não vão dizer que sim e ponto. Vão dizer que estão a fazer todos os esforços para não o fazer e que só recorrem em casos extremos. Apesar disso, a ECEAE tem publicada na sua página uma lista de empresas, que foram verificadas por serviços independentes, e que são cruelty free, isto é, livres de experimentação animal.


Isto acontece também em Portugal?
Em Portugal todas as empresa testam os seus produtos em animais.


O que é que está a acontecer neste momento com esta directiva?
O que está a acontecer é que desde 2003 que a União Europeia aceitou que fossem instituídas diversas proibições, como a de testar ingredientes para cosméticos em animais em toda a UE, independentemente de haver alternativa validada ou não, e a venda ou importação de quaisquer ingredientes para cosméticos, ou os próprios, que tivessem sido testados em animais depois daquela data. Medidas que seriam agora reforçadas.


Quais são as principais preocupações das associações de defesa dos direitos dos animais?
O que está a acontecer é que, apesar destas proibições, há países fora da UE que não têm qualquer legislação neste sentido. E, por isso, há empresas que estão já a instalar os seus laboratórios em países como a China. Uma das nossas lutas agora é que não possa ser importado qualquer ingrediente de países onde não há quaisquer regras.


É assim tão rentável para as empresas manter a experimentação animal?
Não é uma questão de ser rentável. Há aqui toda uma rede interessada nesta actividade. Desde o tipo que constrói as jaulas até às empresas que produzem cosméticos e produtos farmacêuticos. A experimentação animal é um dos mundos mais fechados. Estas classes são muito protectoras.
Mas as empresas não dispõem já de técnicas alternativas em que não é necessário recorrer aos testes em animais?
Elas podiam usar técnicas alternativas, que já estão validadas. Mas dá muito jeito testar em animais, até porque recebem bolsas milionárias para investigação. E falo desde o cientista individual até às próprias universidades e empresas.


Qual a situação em Portugal actualmente?
É muito pobre. Há um conhecimento muito reduzido desta realidade. Ainda há uns meses participei numa conferência em que uma investigadora dizia que esta directiva dos cosméticos já tinha entrado em vigor.

Fonte: DN Ciência

janeiro 19, 2011

Diga NÃO aos Cosméticos Cruéis na Europa

Gabinete de Imprensa da ANIMAL
gabinete.imprensa@animal.org.pt
A ECEAE (Coligação Europeia para o Fim das Experiências em Animais), uma coligação líder de grupos de proteção dos animais na Europa, e cuja organização-membro portuguesa é a ANIMAL, lança hoje uma nova campanha que visa acabar com a venda, na Europa, de cosméticos e produtos de higiene pessoal que tenham sido testados em animais. Em Portugal, esta campanha será levada a cabo pela ANIMAL.
A partir de 2013, a UE terá que proibir a venda de todos os novos cosméticos e produtos de higiene pessoal que tenham sido testados em animais, mesmo fora do espaço UE. Contudo, as autoridades responsáveis estão agora tentando estender este prazo, e, isto acontece, mesmo havendo uma forte oposição pública quanto aos testes desses produtos em animais, e mesmo já existindo uma proibição na EU. Se a proibição das vendas for adiada, isso pode significar que, durante mais dez anos, milhares de coelhos, ratos, porquinhos-da-índia, entre outros, serão injetados, gaseados, e mortos com fins cosméticos.
Michelle Thew, Directora Executiva da ECEAE diz: “Nenhum animal deve sofrer para que sejam vendidos novos cosméticos na Europa. Juntos podemos mostrar a oposição pública aos testes em animais e pedirmos ao Parlamento Europeu que vote contra a prorrogação do prazo máximo para a proibição. Por favor assinem a petição da ECEAE e digam não aos cosméticos cruéis na Europa.”
Segundo Rita Silva, Presidente da ANIMAL e representante da ECEAE em Portugal, “depois dos esforços e do trabalho de lobbying que, enquanto coligação, fizemos ao longo dos últimos anos para que a Diretiva de Cosméticos pudesse ser o mais justa possível para com os animais que defendemos, e, depois de, por fim, termos alcançado tão pouco, é ultrajante que esse pouco alcançado esteja agora a ser posto em risco, com esta tentativa da Comissão de prolongar o prazo para a proibição das vendas de cosméticos testados em animais, dentro do espaço da EU”.
Notas
Em fevereiro de 2003, depois de anos de campanhas lideradas pela ECEAE, a UE concordou em proibir os testes em animais para cosméticos, o que resultou na 7ª. Emenda na Directiva de Cosméticos, cujos efeitos se podem divider em duas fases:
A primeira fase foi implementada em 11 de março de 2009, quando a 7.ª Emenda proibiu:
- Testar ingredientes para cosméticos em animais em toda a UE, independentemente de haver uma alternativa validade ou não;
- Vender ou importar quaisquer ingredientes para cosméticos (ou os próprios cosméticos) que tivessem sido testados em animais depois daquela data.
Contudo, há três tipos de testes em animais que são excepcionados desta proibição:
Toxicidade por Dose Repetida – coelhos ou ratos são forçados a comer, inalar, ou serem esfregados com o ingrediente em questão, todos os dias durante 28 ou 90 dias, e depois são mortos;
Toxicidade Reprodutiva – coelhas ou ratazanas grávidas são forçadas a comer o ingrediente, e depois são mortas, juntamente com os fetos;
Toxicocinética – coelhos ou ratos são forçados a comer o ingrediente , são mortos, e depois os seus órgãos são examinados para ver como o ingrediente se distribuiu;
Apesar da forte objeção da ECEAE, a Comissão Europeia defende que o teste “Toxicidade por dose Repetida” também deve incluir os seguintes testes:
· Sensitização Cutânea – o ingrediente cosmético é esfregado na pele previamente rapada de porquinhos-da-Índia, e o mesmo acontece nas orelhas dos ratos, para testar se há reacção alérgica. Os animais são mortos depois;
· Carcinogenicidade – os ratos são alimentados com o ingrediente durante dois anos para ver se desenvolvem cancro, e depois são mortos.
Fonte: ANIMAL