“Os Experimentos em Animais ATRASAM o progresso da ciência”.

março 17, 2012

Campanha Contra a Crueldade!!! - Nenhum animal precisa morrer para você se vestir.

Investigações da Swiss Animal Protection, da East International e da Humane Society of the United States expõem realidades arrepiantes nas quintas de peles da China, onde Raposas, Guaxinins, Chinchilas, Martas, Cães e Gatos, entre outros animais, vivem e morrem em sofrimento extremo para alimentarem o comércio e uso de peles na Europa e nos Estados Unidos


Quando investigadores sob disfarce da Swiss Animals Protection e da East International iniciaram, recentemente, as suas investigações em quintas de peles na província de Hebei, na China, de imediato perceberam por que razão não são permitidas visitas a estes locais. Estes investigadores descobriram que muitos animais estão ainda vivos e a tentarem libertar-se desesperadamente enquanto os trabalhadores destas quintas de peles os atiram contra o chão, por forma a que o seu dorso bata violentamente no chão, quebrando, assim, a sua coluna, ou enquanto os penduram, pelas patas traseiras ou pela cauda, em ganchos, enquanto, espetando facas na barriga destes animais e puxando, a partir daí, toda a pele dos seus corpos, os mesmos trabalhadores esfolam raposas e guaxinins (entre outros animais) vivos e completamente conscientes. Quando os trabalhadores destas quintas de peles chinesas começam a cortar a pele e o pêlo dos animais a partir das pernas destes, os animais esperneiam agonizantemente e tentam por todos os meios fugir a esta experiência extremamente dolorosa. Os trabalhadores destas quintas pisam os pescoços e cabeças dos animais que resistem mais, de maneira a que, sem conseguirem cortar-lhes o pelo e o pêlo enquanto estão vivos e conscientes, consigam, através do peso e da força que exercem sobre os animais, asfixiá-los ou quebrar, assim, o seu pescoço.
 Quando a pele e o pêlo dos animais é finalmente arrancada do corpo dos animais, por cima das suas cabeças, o seu frágil corpo, despido e ensanguentado, sem a sua pele, é atirado para um monte, onde se juntam todos os animais já esfolados. Muitos dos animais nestes amontoados de corpos estão ainda vivos, tentando respirar por entre o sangue, e pestanejando ainda. Alguns dos corações dos animais ainda batem cinco a dez minutos depois de terem sido esfolados. 
Um investigador gravou em vídeo um guaxinim esfolado por cima dos restantes corpos que, espantosamente, teve ainda força suficiente para levantar a sua cabeça sem pele e cheia de sangue, fixando o investigador e a câmara que o filmava.
Antes de serem esfolados vivos, estes animais são arrancados das suas jaulas e atirados violentamente para o chão. Os trabalhadores das quintas de peles usam barras de metal para baterem na cabeça dos animais ou limitam-se a atirar com a cabeça e o dorso dos animais contra o chão, causando-lhes inúmeras fracturas ósseas e convulsões, embora, na maior parte dos casos, sem que isso cause a morte imediata dos animais. Todos os animais nestas quintas assistem a todo este processo hediondo, vendo os outros animais a passarem por todo este sofrimento e antecipando o que de seguida lhes acontecerá. Fechados em jaulas mínimas e sujas, o seu brutal destino é esta morte arrepiantemente cruel.
Na China, a criação e morte de animais para extracção da sua pele e pêlo não obedece a quaisquer regras, uma vez que não há legislação que regulamente esta actividade. Nestas quintas, raposas, martas, coelhos e outros animais exibem distúrbios comportamentais, como movimentos repetitivos e constante abanar das cabeças, em jaulas de arame, em que os animais estão expostos à chuva, ao frio gélido, ou, noutros momentos, ao calor extremo. As mães, que ficam altamente perturbadas pelo tratamento agressivo, assim como pela impossibilidade de, ao terem as suas crias, não poderem esconder-se para o parto nem poderem proteger as suas crias, acabam por matar os seus próprios bebés, de tão afectadas que estão. Doenças e ferimentos são comuns nestes animais, que não têm qualquer espécie de assistência nem recebem qualquer cuidado, acabando estes animais por roerem as suas próprias patas e atirarem-se constantemente contra as grades das jaulas em que estão fechados.
Uma investigação da Humane Society of the United Statestambém na China revelou igualmente que, sendo muito comum a morte de cães e gatos neste país – não só para a produção e comércio do seu pêlo como também para o comércio e consumo da sua carne –, os cães de raça Pastor Alemão são aqueles que mais são criados e mortos, uma vez que o seu pêlo cinzento e amarelo é considerado muito útil e é muito procurado para a produção de casacos e acessórios de pêlo. O pêlo cinzento é considerado melhor e é mais caro do que o pêlo amarelo, o que, segundo foi explicado aos investigadores, se deve ao facto do pêlo cinzento dos Pastores Alemães poder ser facilmente apresentado e vendido como pêlo de raposa ou guaxinim, para casacos, ou, para acessórios, lembrar o pêlo de coiotes, guaxinins e outras espécies vulgarmente usadas para a produção de acessórios de pêlo.
A globalização do comércio de pêlo faz com que seja impossível saber qual a origem dos produtos de pêlo. As peles e pêlo dos animais são artigos leiloados interncionalmente e distribuídos por fabricantes de peças de vestuário e acessórios de pêlo em todo o mundo, com os produtos finais a serem vulgarmente exportados. A China fornece mais de metade das peças finais de acessórios de pêlo importadas para comercialização nos Estados Unidos da América. De igual modo, se uma etiqueta de um casaco ou acessório com pêlo diz que esse artigo foi feito num país da Europa, os animais cujo pêlo compõem essas peças foram provavelmente criados e mortos numa parte diferente do mundo – possivelmente, numa quinta de peles da China como as expostas nesta investigação especial. Além disso, as quintas de peles nos Estados Unidos da América e na Europa, mesmo com cenários não tão extremos como os das quintas de peles da China, são unidades onde os animais, depois de terem tido vidas miseráveis, são mortos por quebra do pescoço, asfixia, afogamento, envenenamento com gás ou electrocussão anal ou vaginal.
Quem usa um casaco de pêlo ou qualquer acessório que tenha pêlo de algum animal, é cúmplice deste comércio horrivelmente cruel. Quem comercializa estas peles e as promove, como é o caso da estilista Fátima Lopes, é primeiramente responsável por esta barbaridade inimaginável.
Actualização da Campanha de Protesto contra Fátima Lopes, a“Estilista da Morte”
Inicialmente, a estilista Fátima Lopes, em declarações ao “Correio da Manhã” (ver CM, 28-02-2005 <http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=151631&idCanal=133 >), quando lhe foi perguntado se usava peles sintéticas, respondeu “Não há nada falso. É tudo verdadeiro desde as raposas aos visons. Nunca disse que era contra as peles verdadeiras. Pelo contrário, sou a favor.” Estas declarações vergonhosas foram imediatamente contestadas através de muitas centenas de e-mails e faxes de protestos que, no seguimento de uma campanha de protesto da ANIMAL, a estilista recebeu de pessoas de todo o país e mesmo de fora de Portugal. Além de nunca ter respondido a estas mensagens de protesto, dias depois, o jornal “24 Horas” noticiou: “Fátima Lopes voltou a dizer que é a favor do uso de peles de animais” (in “24 Horas”, 05-03-2005), tendo a estilista, na mesma entrevista, garantido que “a fase contra as peles já acabou”, além de ter classificado os protestos dos defensores dos direitos dos animais como “um disparate”, ainda em declarações a este jornal.
No dia 28 de Março, a ANIMAL lançou o vídeo “ANIMAL apresenta Fátima Lopes (clique aqui <http://animal.org.pt/fatimalopes.wmv > para ver o vídeo),acompanhado do apelo para que fosse o vídeo mais visto e divulgado na internet, com o objectivo de denunciar o consciente e deliberado apoio de Fátima Lopes à crueldade extrema contra animais na abominável indústria das peles. Neste curto mas revelador vídeo, vêem-se imagens da estilista com citações das suas lamentáveis declarações (acima referidas), intercaladas com imagens de raposas e guaxinins a serem esfolados vivos numa quinta de peles, como prova daquilo que, ao comercializar e usar pêlo de animais e ao defender esta actividade, Fátima Lopesapoia, sendo, portanto, activamente cúmplice desta crueldade absoluta.
As últimas reacções de Fátima Lopes são reveladoras da sua total falta de carácter e de sentido de ética. Em declarações a “O Independente” (ver “O Independente”, 01-04-2005 <http://www.oindependente.pt/ >), Fátima Lopes, a “Estilista da Morte”, alegou que esta campanha é uma “manipulação”, afirmando que a verdadeira questão coloca-se na “forma horrível como os animais são mortos”, deixando claro o seu apoio à exploração e morte de animais simplesmente para o uso do seu pêlo na moda, supostamente desde que sejam mortos de forma indolor, tentamos concluir. Ora, é objectivamente sabido que, nas quintas de peles, os animais são mantidos nas piores condições possíveis, desenvolvem graves distúrbios comportamentais e emocionais, e acabam sempre por ser mortos de uma maneira extremamente cruel, seja por quebra do pescoço, asfixia, envenenamento, afogamento, concussão (à paulada) ou electrocussão anal ou vaginal, sendo comum os animais serem esfolados enquanto estão ainda vivos e conscientes – sendo que a prioridade não é preservar os animais de qualquer sofrimento, mas sim preservar o valor das suas peles. Fátima Lopes sabe disto, mas finge não saber. É também sabido que é impossível manter e matar os animais com este fim de uma maneira não cruel, além de ser claro que é eticamente errado fazê-lo, mesmo que tal fosse possível de maneira menos cruel. Dando provas da sua necessidade de afirmação, Fátima Lopes afirmou ainda que é “uma estilista de nome internacional” e que, “tal como 99 por cento dos criadores internacionais, usa peles de animais”, do que se conclui que Fátima Lopes justifica os erros que comete com o facto de outros cometerem erros. Além disso, essa afirmação é falsa. Na verdade, muitos e prestigiados estilistas internacionais recusam-se a usar peles de animais, como é o caso de Stella MacCartney, Calvin Klein, Vivian Westwood, Mark Bouwer e Todd Oldham, entre outros, além de, também em declarações a “O Independente”, reputados estilistas portugueses, como Ana Salazar, Miguel Vieira e Luís Buchinho se terem afirmado contra o uso de pêlo de animais.
Em declarações ao jornal “Destak” (in “Destak”, 31-03-2005),Fátima Lopes disse “ser 100% contra estes actos de barbárie”,referindo-se à maneira como os animais são mortos, defendendo-se dizendo “não sou nenhuma assassina”, enquanto afirma que as organizações de direitos dos animais deveriam protestar contra os criadores e produtores de pêlo de animais e não contra os estilistas que, como ela, usam peles. Mais uma vez, defendeu-se com o exemplo de estilistas internacionais que usam peles, acrescentando que este mercado existe “porque existe público a querer comprar”. Conclui-se novamente que Fátima Lopes não tem responsabilidade moral – na verdade, a “estilista da morte”apresenta justificações absurdas e falsamente ingénuas, esperando que alguém as tenha como sérias, querendo fazer crer que quem tem responsabilidade é apenas quem cria e mata animais com este fim e quem compra e usa casacos e peças com pêlo de animais, e nunca os estilistas que desenham, fabricam e comercializam casacos e acessórios com pêlo de animais, além de apoiarem este comércio abertamente, como ela o faz. Além de ir buscar exemplos de imoralidade e de cumplicidade na crueldade contra animais a outras pessoas para justificar a sua própria imoralidade e cumplicidade neste horror, Fátima Lopesfaz questão de dizer, ainda em declarações ao “Destak”, que “há hipocrisia” na campanha da ANIMAL, depois de produzir as declarações mais hipócritas que alguém poderia conceber. Não contente com os absurdos que alega a seu favor, Fátima Lopesatira ainda contra “as autoridades competentes que deviam apostar no controlo e fiscalização”, ficando claro que, para esta estilista, não importa quanto sangue, sofrimento e morte de animais sejam necessários para que as suas peças sejam feitas e vendidas por ela – a culpa do sofrimento hediondo por que passam os animais é sempre e exclusivamente de quem os cria e mata, de quem compra os casacos e os veste, das autoridades que não fiscalizam, e até das organizações que denunciam, criticam e que protestam contra estes males. Nunca é da própriaFátima Lopes, que faz moda do pêlo de animais que choraram enquanto este lhes foi arrancado.
Confrontada pelo “Jornal de Notícias” a respeito desta questão,Fátima Lopes voltou a tentar justificar-se (in “Jornal de Notícias”, 04-03-2005): “não posso ser responsabilizada por uma coisa de que não tenho culpa. Não sou nenhuma entidade fiscalizadora, nem sou o Governo para assegurar que os animais morram de uma maneira indolor e rápida. Como se mata, e quem mata, não é responsabilidade minha. Eu também não sou a favor daquela barbárie.” Novamente, Fátima Lopes quer convencer o público de que não tem qualquer responsabilidade quanto ao modo como os animais são tratados e mortos, apenas porque ela não participa nisso. Simplesmente, usa o pêlo desses animais que foram tratados miseravelmente e cruelmente mortos para as suas criações, que vende e promove, dizendo alegremente que é “a favor das peles”. Chega ao absurdo extremo de dizer, “Os peixes também não morrem sufocados nas redes? E também não comemos carne de vaca? É melhor deixar de comer carne e peixe também.” Ou seja, ironicamente, Fátima Lopes acaba por reconhecer que, de facto, os animais são usados, explorados e mortos em muitas áreas diferentes, que isso lhes provoca sofrimento e viola os seus direitos, e que deveríamos tornar-nos vegetarianos. Mas a sua mente retorcida inverte a questão, apresentando todos estes males como justificação para o mal que é criar e matar animais exclusivamente para utilização do seu pêlo. A teoria de Fátima Lopes é tão perigosa quanto isto: para a“estilista da morte”, porque os animais já são vítimas de violência e exploração, então por que razão limitá-la à alimentação? Deve-se, isso sim, explorar e matar animais em todos os casos imagináveis, simplesmente porque, em muitos casos, isso (infelizmente) já acontece. Analogamente, pode-se dizer que as consequências da argumentação de Fátima Lopes, se aplicadas à guerra, levariam a que, se há actualmente guerra no Iraque e no Sudão, ou seja, se há alguma ou muita guerra no mundo, então é aceitável promover a guerra em qualquer circunstância e em todos os casos imagináveis. Felizmente,Fátima Lopes não tem este poder de decisão, tendo, embora, o poder de decidir se milhares de animais são barbaramente torturados ou não em nome da sua “moda da morte”.
Em face de tudo isto, a denúncia e os protestos devemcontinuar. Por favor, divulgue junte de todos os seus contactos o vídeo “ANIMAL apresenta Fátima Lopes”. Por um lado, devemos aos animais que foram esfolados vivos e cujo sofrimento este vídeo ilustra conhecer esta realidade chocante e fazer algo contra este horror. Por outro lado,devemos combater esta “tendência da moda” que Fátima Lopes defende e levá-la, através da exposição, crítica e protestos públicos, a abandonar completamente o uso e comércio de peles de animais
Leia esta notícia inteira na edição de hoje do jornal semanário “O Independente”, em www.oindependente.pt <http://www.oindependente.pt/ >.
Este foi um passo histórico na defesa dos direitos dos animais em Portugal. Pela primeira vez no nosso país, uma quinta de peles (no caso, de chinchilas) foi exposta e, se o objectivo da ANIMAL era denunciar uma quinta de peles como algo de imoral, esta investigação conjunta da ANIMAL com “O Independente” revelou que esta quinta é também ilegal, tendo, no seguimento desta investigação, sido encerrada na tarde de ontem, pelo Ministério da Agricultura e pela GNR. Em consequência disto, a criação, exploração e morte de milhares de chinchilas nesta quinta, em Peso da Régua, tiveram ontem um fim definitivo.